Nos últimos anos, muitas mulheres estão assumindo postos que antes eram reservados somente aos homens. Elas querem mais e isso tem trazido mudanças para o funcionamento do mercado. Estudos demonstram que as mulheres lideram de uma forma mais emocional e, por esse motivo, líderes femininas são mais atenciosas aos sentimentos de seus colaboradores, usam sua intuição e a sensibilidade na hora de tomar as decisões e tornam sua liderança mais humanizada e mais propensa a conseguir a confiança dos membros da equipe. Sua competência, improvisação, equilíbrio emocional e autodeterminação são importantes para uma boa liderança.
As mulheres executivas também são mais escolarizadas que os homens executivos. Por isso, ocupam cada vez mais cargos de poder e sua liderança é marcada pela capacidade de tomar decisões como um todo, nunca descuidando da sua volta. Além disso, sua capacidade de ponderar é uma vantagem em relação aos líderes masculinos.
Segundo IBQP (Instituto de Qualidade e Produtividade), 52% dos negócios são liderados por mulheres. Ainda segundo o IBQP, 54% dos homens empreendem por oportunidade, pois encontram ocasião favorável para um negócio. Porém, 63% das mulheres empreendem por necessidade: abrir um negócio é às vezes, a única opção para ganhar algum dinheiro.
Observa-se que as mudanças causadas pela maior participação feminina vão além das questões relacionadas à liderança. Acredita-se que as novas regras do mundo dos negócios buscam as habilidades mais competitivas no mercado de trabalho e isto faz com que as mulheres estejam à frente, por melhor representar essas organizações.
Líderes do gênero feminino revelam capacidade para organizar o trabalho em equipe de forma mais democrática, participativa e cooperativa que os homens, mais propensos para a gestão tática e um estilo de liderança autoritária, com procedimentos inflexíveis. A liderança feminina surge mais orientada para a negociação, a gestão de conflitos e à resolução de problemas baseadas na empatia e na racionalidade.
Outro traço de liderança que é reconhecido nas mulheres é a capacidade de gerar confiança e estimular a equipe para o desenvolvimento das tarefas de trabalho, gerindo as expectativas e necessidades de cada pessoa. Ou seja, o líder transformacional consegue seguidores não através de um sistema de recompensas (como acontece com o líder transacional) mas pelos efeitos que inspira e estimula nas pessoas: a confiança, o otimismo, a identificação com os valores da empresa, a criatividade e o pensamento inovador.
Observa-se que a mulher proporciona mais liberdade aos seus liderados. A liberdade que é dada ao funcionário pode ser benéfica, pois, no caso da liderança democrática, os mesmos poderão dar opiniões muito relevantes para o sucesso organizacional, ao mesmo tempo em que deve se ter cuidado para não se tornar uma libertinagem.
A liderança é uma das preocupações constantes nos tempos atuais. O seu exercício depende em grande medida da eficácia e eficiência dos grupos e organizações, em diversos setores empresariais. No mundo capitalista de hoje, desenvolvimento social e liderança num cargo gerencial são mais do que essenciais para que a empresa cresça homogeneamente.
A liderança empresarial é um tema importante para os gestores devido ao papel fundamental que os líderes representam na eficácia do grupo e da organização. Os líderes são responsáveis pelo sucesso ou fracasso da organização. Liderar não é uma tarefa simples. Pelo contrário, liderança exige paciência, disciplina, humildade, respeito e compromisso, pois a organização é um ser vivo dotado de colaboradores dos mais diferentes tipos. Liderar, de uma forma bem clara, pode ser entendido como a gestão eficaz e eficiente das pessoas de uma equipe, para que se atinjam os objetivos propostos pela organização.
Percebe-se que a mulher desempenha um papel fundamental em qualquer ambiente social, seja ele organizacional ou não, pois em um mundo globalizado e dinâmico, a mulher tem maior facilidade de se adaptar as mudanças e desempenhar várias tarefas ao mesmo tempo, se preocupando com tudo e com todos, sendo detalhista e atenciosa.
Entretanto, ainda existe uma clara evidência com relação à desigualdade da participação da mulher no mercado de trabalho, seja quanto aos níveis salariais, possibilidade de crescimento na carreira ou oportunidades de exercer determinadas funções.
Uma pesquisa recente realizada pelo Banco Mundial demonstrou que valorizar a igualdade de gênero no mercado de países em desenvolvimento pode aumentar em até 25% a produtividade laboral e existem estudos que mostram que o faturamento das empresas pode dobrar se houver equilíbrio entre homens e mulheres em suas lideranças.
Abaixo seguem alguns dados relevantes que justificam a importância de falarmos sobre o papel da mulher no mundo dos negócios:
- 40% dos trabalhadores do mundo são mulheres;
- 200 milhões de empresas foram abertas por mulheres desde 2012 em 83 países;
- Mais de 52% das empresas, abertas desde 2015 no Brasil, são lideradas por mulheres;
- Educação familiar e comunidades são onde as mulheres estão dispostas a investir seus lucros.
Portanto, pensar em liderança feminina é homenagear os esforços delas para conquistar seus objetivos, é pensar em transformação e, acima de tudo, lembrar que elas estão muito longe de serem o “sexo frágil”.