Depois de conquistar seu espaço no mundo do trabalho, a mulher têm ampliado consideravelmente sua participação nas carreiras de ciência e tecnologia.
Porém, histórica e culturalmente, principalmente no Brasil, as mulheres são desestimuladas a se envolverem com ciências e direcionadas, sistematicamente, para os afazeres domésticos e cuidados com os filhos.
Apesar disso, movimentos como o ELAS_inTech, uma ação colaborativa para promover a real inclusão de mulheres no ecossistema tecnológico, tem mostrado um novo caminho para a mulher na conquista de sua participação mais efetiva no segmento da tecnologia.
O movimento surgiu em novembro de 2017, com base em quatro pilares centrais: fala – aumentar o número de palestrantes mulheres em eventos da área, o chamado #BotaElasNoPalco; mentorias – integrar empreendedoras e mentoras para capacitação e desenvolvimento, com acompanhamento de longo prazo; oportunidades – parcerias para promover a contratação de mulheres por empresas e startups e dialogar com líderes homens e mulheres para encorajar medidas contra a desigualdade; e investimentos – fomentar investimentos em empreendedoras líderes.
O empenho de movimentos como estes tem estimulado diversas empresas a apoiar a introdução da mulher na área da tecnologia e o mundo empresarial já percebeu que a presença feminina faz parte de importantes estratégias de crescimento.
As mulheres já têm feito a diferença no ramo tecnológico há muito tempo, porém, se antes elas não recebiam a visibilidade que mereciam por seu trabalho bem-feito, hoje elas estão sendo cada vez mais valorizadas, além de estarem à frente de criações importantes e inovadoras.
Mesmo não sendo ideais os índices de representatividade feminina no setor da tecnologia, é preciso reconhecer e valorizar o esforço de pessoas e organizações que trabalham para possibilitar maiores oportunidades para as mulheres se profissionalizaram no setor tecnológico.
As constatações apresentadas acima confirmam, na prática, o que diversos estudos têm apontado sistematicamente: não existe diferenças significativas entre os gêneros, no que tange às produções científicas.
Não nos faltam exemplos de sucesso como Susan Wojciki reconhecida por ter desenvolvido ferramentas de sucesso para a Google, Safra Catz presidente da Oracle, um dos exemplos de sucesso no mundo financeiro e Cher Wang presidente da HTC, empresa que fabrica um de cada seis smartphones vendidos nos Estados Unidos.
Outro importante exemplo de atuação da mulher no segmento da tecnologia é a da Almirante Grace Hopper, a Rainha da Codificação. Hopper programou o primeiro computador digital de larga escala conhecido como a Calculadora Automática de Sequência Controlada – Mark I, da IBM.
Grace foi responsável por desenvolver o Flow-Matic, a primeira linguagem de programação do mundo, que serviu como base para a criação do COBOL, um marco importante do potencial feminino na área tecnológica.
O segmento de tecnologia vem crescendo ao longo dos últimos anos e deve oferecer, daqui para frente, grandes oportunidades profissionais para homens e mulheres.
Quanto mais profissionais do setor conseguirmos capacitar para o setor, a partir de agora, melhores serão as condições de segmento tão importante para o desenvolvimento do Brasil. É necessário apoiar qualquer iniciativa de desenvolvimento para o setor.
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